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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Recado dos Anjos


" Somos os mensageiros que aproximam os que estão distantes. Não somos a mensagem. Somos os mensageiros. A mensagem é o amor. Nada somos. Vocês é que são tudo para nós." (frase do filme : Tão perto, tão longe, de Win Winders)

Pensamento


Há um lugar em minha mente para onde vou
quando as coisas não estão bem na realidade.
Lá, é claro e fresco, e eu não sou ninguém.
Sou apenas uma nuvem no céu azul, flutuando...
E assim fecho meus olhos e me deixo levar.
Eu não sou nada ali, e nem me importo com nada. (V.C)

A Ninfa



Inefáveis momentos lampejam na alma,
Devaneio lânguido saturam o espírito.
A doce visão da ninfa cálida
De lábios de nácar qual anjo de exílio.

A fronte coroada e olhos de jaspe,
Formosas espáduas d'amante intocada.
Reflexos fulvos do mármore polido,
Imagem arrebatadora da ninfa cálida
Borbotoam em frêmito o coração rendido. (V.C)

Não direi adeus




Pode a terra ao sol que brilha
Em primavera estar?
No verde em flor do rio em trilha
As águas ouvir cantar...
Ou lá talvez em noites claras
estrelas vespertinas, joias raras
Exibam seus apelos.

Embora aqui eu jornada siga
E tu escuridão me aflijas,
Além das altas torres ainda
E das montanhas acima,
Além das sombras vai o Sol
E estrelas há nos céus
E além de tudo há um Deus.

E não direi que pereci
E que não há esperança..
Mas pra escuridão direi adeus.
Eis que ainda é dia e,
raia oh luz vespertina
sobre a alma minha.
E não direi morreu o Sol
E não direi adeus...
(V.C)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Amantes Perdidos


As auras da meia-noite acariciam as flores,
o hálito fresco dissipa os temores...
Assim a casta sentia quando em seus lábios,
o amante despendia seus férvidos beijos.


Tal deleite perdido por orgulhos infâmes
que se haviam ofendido em retiro perdido.
Se escondem os amantes
nos recôndidos inconscientes.

Silenciam os amores
na razão impertinente.

(V.C)
Trevor

Debaixo do negror das trevas
contemplo o mundo a girar,
deitado sobre íngremes ervas
o rosto voltado pro ar.

Não preciso fechar os olhos
as trevas me fazem sonhar,
meu espírito é puro luto,
minha mente puro pesar.
Meu andar é resoluto
já não vivo, sou ser a vagar.
Jamais voltarei a amar.

Assim como no imenso mar,
nas trevas venho me afogar.
O fogo me consome por dentro
como incêndio em campo extenso.
Deste modo me sinto queimar,
não quero pensar, mas penso
deixo o incêndio se consumar.

Jamais sairei do negror,
à luz não vou mais me expor.
Nas trevas me sinto alado,
E alço meu voo, calado. 
(V.C.)

Nuvens negras

Nuvens carregadas de vazio
obscurecem a visão,
no tempo fechado e tardio
lentamente elas correm,
desatinam o coração,
lentamente elas morrem
e desvanecem então,
antes o vazio que a solidão.


Lembranças

Recentes lembranças inundam altivas
evocam fantasmas , perdas e traumas.
O medo teme por recordar,
E a aminésia bendita foge e se esconde.
Lembranças vorazes invadem a meia-noite.
(V.C.)

Silêncio e pesar

No Silêncio iníquo da noite
desperta o ser inerte
que jaz no leito sepulcral.
A escuridão se move e alcança
a mente conflita e inconfidente,
O passado cruza o presente
e o futuro já não existe.
O amanhã é remoto
ja não se ouve sua voz,
No silêncio ensurdecedor
que não traz o alvorecer,
Oh noite algoz.
(V.C)